terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Segundo dia da Semana Pedagógica



O segundo dia iniciou-se com uma técnica motivacional conduzida por Mayara Santos, auxiliada por Israel de Oliveira, com o título - Motivação e Relacionamento Inter-Pessoal. Este grupo faz parte da Universidade Federal da Bahia – UFBA e estão levando às escolas públicas de diversos estados estas atividades, ao mesmo tempo, observam o comportamento dos professores. Ao procurarem a Secretaria Estadual da Educação – SEDUC o CETI foi colocado na lista que estes iriam trabalhar.







 

Após o lanche o professor doutor Marcos Aurélio de Araújo Alves deu continuidade à Semana Pedagógica com a palestra - A aula expositiva e o uso de RECURSOS PEDAGÓGICOS em Sala de Aula. 


 Aula expositiva e Novas Tecnologias, qual o problema?
 
Marcos Aurélio de Araújo Alves
aurelio729@hotmail.com.br

Fonte Bibliográfica
Técnicas de Ensino: por que não? Ilma Passos A. Veiga, 1991
Currículo e Planejamento Ibmec – online, 2011
Novas Tecnologias e Currículos Elizabeth Macêdo, 2005
DidáticaAntônio Carlos Libâneo, 1991
Inovação na Sala de aulaClayton M. Christensen, 2010
La creatividad en el aula Francisco Menchén Bellón, 2008
Como Fazer uma boa escola David Woods, 2010

            O que é uma aula expositiva?

A aula expositiva está ultrapassada?

A aula expositiva é blá, blá, blá, blá...?

Porque, como e para que usar as novas tecnologias?

O uso de tecnologias é para professor preguiçoso?
 O uso das tecnologias elimina o professor, ou ainda há a necessidade da complementação do professor?

 Como nós temos alunos da 2ª série do Fundamental ao 1° ano do Ensino   Médio como deverá ser esta aula?
        Qual a dosagem de aula expositiva e de tecnologias e quais? 
 
A VOLTA DO VELHO PROFESSOR     
Em pleno século XX, um grande professor do século passado voltou à Terra e, chegando à sua cidade, ficou abismado com o que viu: as casas altíssimas, as ruas pretas, passando umas sobre as outras, com uma infinidade de máquina andando em alta velocidade; o povo falava muitas palavras que o professor não conhecia (poluição, avião, rádio, metrô, televisão, ...): os cabelos de umas pessoas pareciam com os do tempo das cavernas... e as roupas deixavam o professor ruborizado.
Muito surpreso e preocupado com a mudança, o professor visitou a cidade  inteira e  cada vez compreendia menos o que estava acontecendo. Na Igreja, levou um susto com o Padre que não mais rezava em latim, com o órgão mudo e um grupo de cabeludos tocando uma música estranha. Visitando algumas famílias, espantou-se com o ritual depois do jantar: todos se reuniam durante horas para adorar um aparelho que mostrava imagens e emitia sons. O professor ficou impressionado com a capacidade de concentração de todos: ninguém falava uma palavra diante do aparelho.
Cada vez mais desanimado, foi visitar a escola – e, finalmente, sentiu um grande alívio, reencontrando a paz. Ali, tudo continuava da mesma forma como ele havia deixado: as carteiras uma atrás da outra, o professor falando, falando... e os alunos escutando, escutando, escutando...
(Autor desconhecido)

Século XXI...
Em dois mil anos, a ciência e a tecnologia evoluíram mais do que nos dez mil anos antes da civilização grega. A passagem para a era industrial, no século passado, resultou na enorme aceleração do desenvolvimento do conhecer  em todas as áreas.
Se os últimos 50.000 anos da existência    do homem fossem divididos em   períodos de geração de   aproximadamente 62 anos cada um,   teríamos tido cerca de 800 gerações.
 Dessas 800 gerações, 650 foram   completamente passadas nas cavernas.
Apenas durante as 70 últimas gerações foi   possível a comunicação efetiva de uma   geração para a outra, uma vez que a   escrita possibilitou essa transposição.
Apenas durante as últimas seis gerações,   as massas humanas viram, pela primeira vez, a palavra impressa.
Apenas nas duas últimas gerações, pôde   alguém usar um motor elétrico. E a   esmagadora maioria de todos os bens   materiais que usamos cotidianamente   em nossa vida comum desenvolveu-se   dentro da presente geração, que é a   octocentésima. 

A TERRA  EM  MINIATURA
 
Se pudéssemos reduzir a população da Terra à uma pequena aldeia de exatamente
100 habitantes, mantendo as proporções  existentes atualmente, seria algo assim :
*      57 asiáticos
*      21 europeus
*      8 africanos
*      4 americanos
*      52 mulheres
*      48 homens
*      70 não seriam brancos
*      30 seriam brancos
*      70 não cristãos
*      30 cristãos
*      89 heterossexuais
*      11 homossexuais
*      6 pessoas possuiriam 59% de toda riqueza e os 6 seriam norte americanos.
*      Das 100 pessoas, 80 viveriam em condições sub-humanas.
*      70 não saberiam ler
*      50 sofreriam de desnutrição
*      1 pessoa estaria a ponto de morrer
*      1 bebê estaria prestes a nascer
*       Só 1 (sim, só 1) teria educação universitária.

Nesta aldeia haveria só 1 pessoa que possuiria um computador.

 
Ao analisar nosso mundo desta perspectiva tão reduzida  se faz mais presente a
necessidade  de aceitação, entendimento,  e educação.
A vida do homem na terra nos próximos 25 anos vai mudar tanto quanto nos últimos 100, graças à lei dos retornos acelerados, emprestada da Teoria do Caos que diz, basicamente, que o progresso científico possui crescimento exponencial, isto é, a cada ano o conhecimento acumulado humano dobra de tamanho gerando, a longo prazo, a diminuição de tempo para atingir determinadas metas científicas.
Ex: O crescimento da Internet nos últimos 5 anos foi equivalente ao da televisão em 20 anos.

As Mudanças no Mundo
E nós estamos exatamente aqui

 

 




   Esta descontinuidade gera espaço para o novo, para aquilo que ainda não é conhecido!
   Gera profundas (e sutis) mudanças no modo de ser e de operar  das organizações.

 
E a ESCOLA?
Como está se estruturando diante da constante e rápida transformação científico-tecnológica do mundo moderno?
Em que aspectos a escola mudou?

 

Será que tanto na teoria como na prática está clara a missão da escola?

Que homem, que mundo estamos construindo? 

AULA?

Toda situação didática na qual se põem objetivos, conhecimentos, problemas, desafios, com fins instrutivos e formativos, que incitam as crianças, jovens e adultos a aprender, respeitando a capacidade cognoscitiva de cada um.  (Libâneo)

  Aula Expositiva
Monólogo - monológica
Diálogo - dialógica
Aula expositiva dialógica 

Atividade geradora tanto da reelaboração de conhecimentos e da produção deles, favorecendo a compreensão dos determinantes sociais da educação, porque permite os questionamentos, ao mesmo tempo em que propociona a aquisição de  conhecimentos, favorece a análise crítica, resultando na produção de novos conhecimentos, eliminando a relação pedagógica autoritária (Antônia Ozima Lopes) 


 TECNOLOGIA 
*Diversas esferas da vida social;
*Filosofia;
*Sociologia;
*Economia;
*Todas as áreas de estudo;
*Educação.
 Tecnologia e Educação
1º Grupo – resistência da maioria dos profissionais de educação com a entrada das tecnologias na escola;  
2º Grupo – mirabolantes projetos oficiais que apresentam a tecnologia como redentora da educação.

                                Tecnologias e Currículo



*Alteração dos currículos escolares;
*Formação de professores;
*Limitação ao uso do computador;
*Tempo;
*Custos.
 
 Teoria do Capital Humano

*Relação do currículo com o mundo produtivo;
 
*1970 – informática na vida social dá um novo alento a 
teoria do capital humano;
 
*Escola – precisa preparar os alunos para o mundo cada 
vez mais informatizado;
 
*Formação profissional tem adquirido um novo significado,
 sofre alterações;
 
*Prescrição curricular que vem da sociedade extra-escola;
 
*Escola – instrumentos de formação para o mundo 
produtivo.
 
 

*ao tratar da necessidade de instrumentalizar os alunos para operar informática, o discurso tecnológico desafia a escola a se modernizar, sob pena de se transformar em APÊNCIDE ANACRÔNICO DA SOCIEDADE. Os currículos deveriam introduzir a informática, buscando familiarizar os estudantes com essa nova tecnologia e prepará-los para ingressar em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo
 
                                           Reflexão


Como introduzir essas novas tecnologias em nossos currículos?

Conceituar tecnologia não como artefato técnico, mas como uma construção social, dialética em sua própria natureza.


                     Mercado de Trabalho X Currículo



*1. Conteúdos do trabalho não podem mais ser 
apreendidos pela experiência;
 
*2. Os currículos privilegiam uma formação geral sólida 
que garanta flexibilidade e elasticidade do homem;
 
*3. Habilitações existentes não dão conta da dinâmica do 
processo produtivo;
 
*4. Habilitações precisam ser remodeladas privilegiando 
uma abordagem mais generalista do conhecimento;
 
*5. Mercado solicita currículos pouco específicos, que 
desenvolvam “comportamentos requeridos em relação ao 
trabalho e às correspondentes virtudes gerais necessárias 
ao trabalho”.
 
 
 Tecnologia X Racionalidade
 
*Anos 90:  Racionalidade Técnica;
 
*Currículo Nacional;
 
*EAD – Educação à Distância – diferente – novas 
 
tecnologias nas escolas;
 
*Capacitação de professores para usar tecnologia;
 
*Sala de aula com computadores;
 
*Tecnologia como Qualidade da Educação.
 
Tecnologia na Escola/Currículo

*Não se limita somente ao uso do computador;
 
*A tecnologia da informática não se distribui de forma 
eqüitativa na escola brasileira;
 
*Preços de hardware e software;
 
*Programas de maior interatividade têm alto custo;
 
*Subordinação do currículo aos padrões ditados pelo 
mercado;
 
*Professor executor de programas fabricados por 
especialistas.
 
                           Computador na Escola

1. Máquinas de Ensinar
    Ensino Assistido por Computador – CAI
    Computador é semelhante ao Livro Didático;
    Proposta Skinneriana – Behaviorista;
    Uma única tecnologia para ensinar tudo a todos.
  2. Simuladores
     Simulações científicas de fenômenos  naturais 
dinâmicos;
 
Jogos de simulação;
 
Programas de modelação;
 
Programas que simulam resultados de uma outra 
máquina;
 
Atuação do aluno é reduzida com a situação real;
 
Interpretação da realidade pelo modelo matemático.

3. Fonte de Pesquisa
     Armazenamento de dados;
     Contribuição do banco de dados à rede de pesquisa – Internet;
      Maturidade e uso das informações;
      Não há lugar para suspeição crítica dos dados;
      Verdades absolutas
  4 – Aplicativos
Editores de texto;
Planilhas;
Banco de dados;
Escravização da forma;
Conteúdo esvaziado.
 
 Conclusões 
*“...chamar a atenção para o fato de que a
  utilização dos computadores em educação, 
como máquina de ensinar, simulares, fontes de 
pesquisa e editores de texto, embute 
determinadas concepções de conhecimento e de 
sociedade...talvez tenhamos dado maior ênfase 
aos aspectos negativos do que as 
potencialidades educativas. Essa opção foi 
proposital, na medida em que, como vimos, a 
ideologia da técnica cobra-nos uma postura de 
aceitação ou mesmo de endeusamento da 
máquina...nossa posição no entanto não é de 
rejeição ao computador, mas de cuidado em 
relação aos usos educativos que dele fazemos.”






À tarde os trabalhos continuaram com a discussão dos Projetos e Programas que o CETI Governador Freitas Neto desenvolve.
Primeiramente a secretária da escola, Maria Rita, falou da importância do SIASI e do EDUCACENSO.  O Sistema Instituto Ayrton Senna de Informação (SIASI) registra as informações educacionais dos estados e municípios parceiros por meio da coleta de dados das escolas e da sua consolidação no âmbito das secretarias de educação.
O Educacenso é uma radiografia detalhada do sistema educacional brasileiro. A ferramenta permite obter dados individualizados de cada estudante, professor, turma e escola do país, tanto das redes públicas (federal, estaduais e municipais) quanto da rede privada. Todo o levantamento é feito pela internet. A partir dos dados do Educacenso, é calculado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e planejada a distribuição de recursos para alimentação, transporte escolar e livros didáticos, entre outros.

 
A psicopedagoga do CETI, Francisca Mendes, falou do projeto EXEMPLO e como irá se desenvolver.
 
A professora Cleomeire, coordenadora do projeto Leitura e Escrita, mostrou como irá construir este, realçando a importância da participação dos professores de Língua Portuguesa.
 
As professoras Francinete e Lucineide, coordenadoras dos projetos AULA DE FORMAÇÃO, VIDA CULTURAL e IMAGINÁRIO POPULAR DE TERESINA, explanaram sobre cada um e como seria o desenvolvimento de cada um deles.  


O professor Percílio mostrou o projeto MEXA-SE, e disse que irá desenvolver este construindo um interclasse com sua culminância em 11 de agosto – Dia do Estudante.

 
A professora Teresa falou sobre o Programa Mais Educação, expondo que, ao mesmo tempo, está em construindo o de 2012 ainda tem que concluir o de 2011.
 
Quanto ao Programa Ensino Médio Inovador – PROEMI – a professora Dalva disse que este foi “...instituído pela Portaria nº. 971, de 09/10/2009, foi criado para provocar o debate sobre o Ensino Médio junto aos Sistemas de Ensino Estaduais e do Distrito Federal, fomentando propostas curriculares inovadoras nas escolas do ensino médio, disponibilizando apoio técnico e financeiro, consoante à disseminação da cultura de um currículo dinâmico, flexível e compatível com as exigências da sociedade contemporânea.”

O professor Warrington Veras, coordenador do Plano de Desenvolvimento da Escola – PDE, ao apresentar este disse: que o PDE “é considerado um processo de planejamento estratégico desenvolvido pela escola para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem.” Também, mostrou os projetos EU-FORMADOR; UM OLHAR DIFERENCIADO VOLTADO PARA O IDEB, SAEPI E ENEM, dizendo que estes seriam desenvolvidos pela Coordenação Pedagógica, quanto aos projetos MEIO AMBIENTE e ATELIÊ DE MATEMÁTICA apesar de terem pendências quanto aos coordenadores eles serão desenvolvidos.


 
Antes que encerrasse a tarde o diretor adjunto, professor José Luis Algarves, fez algumas colocações sobre os Programas, pois ele sempre está presente nas reuniões na SEDUC e participa das suas construções.