O segundo dia iniciou-se com
uma técnica motivacional conduzida por Mayara Santos, auxiliada por Israel de Oliveira,
com o título - Motivação e Relacionamento
Inter-Pessoal. Este grupo faz parte da Universidade Federal da Bahia – UFBA
e estão levando às escolas públicas de diversos estados estas atividades, ao
mesmo tempo, observam o comportamento dos professores. Ao procurarem a
Secretaria Estadual da Educação – SEDUC o CETI foi colocado na lista que estes
iriam trabalhar.
Após o lanche o professor
doutor Marcos Aurélio de Araújo Alves deu continuidade à Semana Pedagógica com
a palestra - A aula expositiva e o uso de
RECURSOS PEDAGÓGICOS em Sala de Aula.
Marcos Aurélio de Araújo
Alves
aurelio729@hotmail.com.br
Fonte
Bibliográfica
Técnicas de Ensino: por que não? – Ilma Passos A. Veiga, 1991
Currículo e Planejamento – Ibmec – online, 2011
Novas Tecnologias e Currículos – Elizabeth Macêdo, 2005
Didática – Antônio Carlos Libâneo, 1991
Inovação na Sala de aula – Clayton M. Christensen, 2010
La creatividad en el aula – Francisco Menchén Bellón, 2008
Como Fazer uma boa escola – David Woods, 2010
Técnicas de Ensino: por que não? – Ilma Passos A. Veiga, 1991
Currículo e Planejamento – Ibmec – online, 2011
Novas Tecnologias e Currículos – Elizabeth Macêdo, 2005
Didática – Antônio Carlos Libâneo, 1991
Inovação na Sala de aula – Clayton M. Christensen, 2010
La creatividad en el aula – Francisco Menchén Bellón, 2008
Como Fazer uma boa escola – David Woods, 2010
O que é uma
aula expositiva?
A aula expositiva está ultrapassada?
A aula expositiva é blá, blá, blá, blá...?
Porque, como e para que usar as novas tecnologias?
O uso de tecnologias é para professor preguiçoso?
A aula expositiva está ultrapassada?
A aula expositiva é blá, blá, blá, blá...?
Porque, como e para que usar as novas tecnologias?
O uso de tecnologias é para professor preguiçoso?
O uso das
tecnologias elimina o professor, ou ainda há a necessidade da complementação do
professor?
Como nós temos alunos da 2ª série do Fundamental ao 1° ano do Ensino Médio como deverá ser esta aula?
Como nós temos alunos da 2ª série do Fundamental ao 1° ano do Ensino Médio como deverá ser esta aula?
Qual
a dosagem de aula expositiva e de tecnologias e quais?
A VOLTA DO VELHO PROFESSOR
Em pleno século XX, um grande professor
do século passado voltou à Terra e, chegando à sua cidade, ficou abismado com o
que viu: as casas altíssimas, as ruas pretas, passando umas sobre as outras,
com uma infinidade de máquina andando em alta velocidade; o povo falava muitas
palavras que o professor não conhecia (poluição, avião, rádio, metrô,
televisão, ...): os cabelos de umas pessoas pareciam com os do tempo das
cavernas... e as roupas deixavam o professor ruborizado.
Muito
surpreso e preocupado com a mudança, o professor visitou a cidade inteira
e cada vez compreendia menos o que estava acontecendo. Na Igreja, levou
um susto com o Padre que não mais rezava em latim, com o órgão mudo e um grupo
de cabeludos tocando uma música estranha. Visitando algumas famílias,
espantou-se com o ritual depois do jantar: todos se reuniam durante horas para
adorar um aparelho que mostrava imagens e emitia sons. O professor ficou
impressionado com a capacidade de concentração de todos: ninguém falava uma
palavra diante do aparelho.
Cada vez mais desanimado, foi visitar a
escola – e, finalmente, sentiu um grande alívio, reencontrando a paz. Ali, tudo
continuava da mesma forma como ele havia deixado: as carteiras uma atrás da
outra, o professor falando, falando... e os alunos escutando, escutando,
escutando...
(Autor desconhecido)
Em dois mil
anos, a ciência e a tecnologia evoluíram mais do que nos dez mil anos antes da
civilização grega. A passagem para a era industrial, no século passado,
resultou na enorme aceleração do desenvolvimento do conhecer em todas as
áreas.
Se os
últimos 50.000 anos da existência do homem fossem divididos em
períodos de geração de aproximadamente 62 anos cada um,
teríamos tido cerca de 800 gerações.
Dessas
800 gerações, 650 foram completamente passadas nas cavernas.
Apenas
durante as 70 últimas gerações foi possível a comunicação efetiva de uma
geração para a outra, uma vez que a escrita possibilitou essa
transposição.
Apenas
durante as últimas seis gerações, as massas humanas viram, pela primeira
vez, a palavra impressa.
Apenas nas
duas últimas gerações, pôde alguém usar um motor elétrico. E a
esmagadora maioria de todos os bens materiais que usamos cotidianamente
em nossa vida comum desenvolveu-se dentro da presente geração,
que é a octocentésima.
A TERRA EM
MINIATURA
Se pudéssemos
reduzir a população da Terra à uma pequena
aldeia de exatamente
100 habitantes, mantendo as proporções existentes atualmente, seria algo assim :
57 asiáticos
21 europeus
8 africanos
4 americanos
52 mulheres
48 homens
70 não seriam brancos
30 seriam brancos
70 não cristãos
30 cristãos
89 heterossexuais
11 homossexuais
6 pessoas possuiriam 59% de toda riqueza e os 6 seriam norte americanos.
Das 100 pessoas, 80 viveriam em condições sub-humanas.
70 não saberiam ler
50 sofreriam de desnutrição
1 pessoa estaria a ponto de morrer
1 bebê estaria prestes a nascer
Só 1 (sim, só 1) teria
educação universitária.
Nesta aldeia
haveria só 1 pessoa que possuiria um computador.
Ao analisar nosso
mundo desta perspectiva tão reduzida se
faz mais presente a
necessidade de aceitação, entendimento, e educação.
A vida do homem na terra nos próximos 25 anos vai mudar
tanto quanto nos últimos 100, graças à lei dos retornos acelerados, emprestada
da Teoria do Caos que diz, basicamente, que o progresso científico possui
crescimento exponencial, isto é, a cada ano o conhecimento acumulado humano
dobra de tamanho gerando, a longo prazo, a diminuição de tempo para atingir
determinadas metas científicas.
Ex: O crescimento da Internet nos últimos 5 anos foi
equivalente ao da televisão em 20 anos.
As Mudanças no Mundo
E nós estamos exatamente aqui
• Esta descontinuidade gera espaço para o novo,
para aquilo que ainda não é conhecido!
• Gera profundas (e sutis) mudanças no modo de
ser e de operar das organizações.
E a
ESCOLA?
Como está
se estruturando diante da constante e rápida transformação
científico-tecnológica do mundo moderno?
Em que
aspectos a escola mudou?
Será que
tanto na teoria como na prática está clara a missão da escola?
Que homem, que mundo estamos construindo?
AULA?
Toda situação didática na qual se põem objetivos,
conhecimentos, problemas, desafios, com fins instrutivos e formativos, que
incitam as crianças, jovens e adultos a aprender, respeitando a capacidade
cognoscitiva de cada um. (Libâneo)
Aula Expositiva
Monólogo -
monológica
Diálogo -
dialógica
Aula
expositiva dialógica
Atividade
geradora tanto da reelaboração de conhecimentos e da produção deles,
favorecendo a compreensão dos determinantes sociais da educação, porque permite
os questionamentos, ao mesmo tempo em que propociona a aquisição de conhecimentos, favorece a análise crítica,
resultando na produção de novos conhecimentos, eliminando a relação pedagógica
autoritária (Antônia Ozima Lopes)
TECNOLOGIA
Diversas esferas da vida
social;
Filosofia;
Sociologia;
Economia;
Todas as áreas de estudo;
Educação.
Tecnologia e Educação
1º Grupo –
resistência da maioria dos profissionais de educação com a entrada das
tecnologias na escola;
2º Grupo – mirabolantes projetos oficiais que apresentam a
tecnologia como redentora da educação.
Alteração dos currículos
escolares;
Formação de professores;
Limitação ao uso do
computador;
Tempo;
Custos.
Teoria do Capital Humano
Relação do currículo com o mundo produtivo;
1970 – informática na vida social dá um novo
alento a
teoria do capital humano;
Escola – precisa preparar os alunos para o
mundo cada
vez mais informatizado;
Formação profissional tem adquirido um novo
significado,
sofre alterações;
Prescrição curricular que vem da sociedade
extra-escola;
Escola – instrumentos de formação para o mundo
produtivo.
“ao tratar da necessidade de
instrumentalizar os alunos para operar informática, o discurso tecnológico
desafia a escola a se modernizar, sob pena de se transformar em APÊNCIDE
ANACRÔNICO DA SOCIEDADE. Os currículos deveriam introduzir a informática, buscando
familiarizar os estudantes com essa nova tecnologia e prepará-los para
ingressar em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo”
Como introduzir essas novas tecnologias em nossos currículos?
Conceituar tecnologia não como artefato técnico, mas como
uma construção social, dialética em sua própria natureza.
Mercado de Trabalho X Currículo
1. Conteúdos do trabalho não
podem mais ser
apreendidos pela experiência;
2. Os currículos privilegiam
uma formação geral sólida
que garanta flexibilidade e elasticidade do homem;
3. Habilitações existentes
não dão conta da dinâmica do
processo produtivo;
4. Habilitações precisam ser
remodeladas privilegiando
uma abordagem mais generalista do conhecimento;
5. Mercado solicita
currículos pouco específicos, que
desenvolvam “comportamentos requeridos em
relação ao
trabalho e às correspondentes virtudes gerais necessárias
ao
trabalho”.
Tecnologia X
Racionalidade
Anos 90: Racionalidade Técnica;
Currículo Nacional;
EAD – Educação à Distância –
diferente – novas
tecnologias nas escolas;
Capacitação de professores
para usar tecnologia;
Sala de aula com
computadores;
Tecnologia como Qualidade da
Educação.
Tecnologia
na Escola/Currículo
Não se limita somente ao uso do computador;
A tecnologia da informática não se distribui
de forma
eqüitativa na escola brasileira;
Preços de hardware e software;
Programas de maior interatividade têm alto
custo;
Subordinação do currículo aos padrões ditados
pelo
mercado;
Professor executor de programas fabricados por
especialistas.
1. Máquinas
de Ensinar
Ensino Assistido por
Computador – CAI
Computador é semelhante ao Livro Didático;
Proposta Skinneriana – Behaviorista;
Uma única tecnologia para ensinar tudo a todos.
2.
Simuladores
Simulações científicas de
fenômenos naturais
dinâmicos;
Jogos de simulação;
Programas de modelação;
Programas que simulam
resultados de uma outra
máquina;
Atuação do aluno é
reduzida com a situação real;
Interpretação da
realidade pelo modelo matemático.
3. Fonte de
Pesquisa
Armazenamento de dados;
Contribuição do banco de dados à rede de pesquisa – Internet;
Maturidade e uso das informações;
Não há lugar para suspeição crítica dos dados;
Verdades absolutas
4 –
Aplicativos
Editores de texto;
Planilhas;
Banco de dados;
Escravização da forma;
Conteúdo esvaziado.
Conclusões
“...chamar a atenção para o
fato de que a
utilização dos computadores em educação,
como máquina de ensinar,
simulares, fontes de
pesquisa e editores de texto, embute
determinadas
concepções de conhecimento e de
sociedade...talvez tenhamos dado maior ênfase
aos aspectos negativos do que as
potencialidades educativas. Essa opção foi
proposital, na medida em que, como vimos, a
ideologia da técnica cobra-nos uma
postura de
aceitação ou mesmo de endeusamento da
máquina...nossa posição no
entanto não é de
rejeição ao computador, mas de cuidado em
relação aos usos
educativos que dele fazemos.”
À tarde os trabalhos continuaram
com a discussão dos Projetos e Programas que o CETI Governador Freitas Neto
desenvolve.
Primeiramente a secretária
da escola, Maria Rita, falou da importância do SIASI e do EDUCACENSO. O Sistema Instituto Ayrton Senna de Informação
(SIASI) registra as informações educacionais dos estados e municípios parceiros
por meio da coleta de dados das escolas e da sua consolidação no âmbito das
secretarias de educação.
O Educacenso é uma
radiografia detalhada do sistema educacional brasileiro. A ferramenta permite
obter dados individualizados de cada estudante, professor, turma e escola do
país, tanto das redes públicas (federal, estaduais e municipais) quanto da rede
privada. Todo o levantamento é feito pela internet. A partir dos dados do
Educacenso, é calculado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e
planejada a distribuição de recursos para alimentação, transporte escolar e
livros didáticos, entre outros.
A psicopedagoga do CETI, Francisca Mendes,
falou do projeto EXEMPLO e como irá se desenvolver.
A
professora Cleomeire, coordenadora do projeto Leitura
e Escrita, mostrou como irá construir este, realçando a importância da
participação dos professores de Língua Portuguesa.
As
professoras Francinete e Lucineide, coordenadoras dos projetos AULA DE
FORMAÇÃO, VIDA CULTURAL e IMAGINÁRIO POPULAR DE TERESINA, explanaram sobre cada
um e como seria o desenvolvimento de cada um deles.
O professor Percílio mostrou
o projeto MEXA-SE, e disse que irá desenvolver este construindo um interclasse
com sua culminância em 11 de agosto – Dia do Estudante.
A professora Teresa falou sobre
o Programa Mais Educação, expondo que, ao mesmo tempo, está em construindo o de
2012 ainda tem que concluir o de 2011.
Quanto ao Programa Ensino
Médio Inovador – PROEMI – a professora Dalva disse que este foi “...instituído
pela Portaria nº. 971, de 09/10/2009, foi criado para provocar o debate sobre o
Ensino Médio junto aos Sistemas de Ensino Estaduais e do Distrito Federal,
fomentando propostas curriculares inovadoras nas escolas do ensino médio,
disponibilizando apoio técnico e financeiro, consoante à disseminação da
cultura de um currículo dinâmico, flexível e compatível com as exigências da
sociedade contemporânea.”
O professor Warrington Veras,
coordenador do Plano de Desenvolvimento da Escola – PDE, ao apresentar este
disse: que o PDE “é considerado um processo de planejamento estratégico desenvolvido
pela escola para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem.” Também, mostrou
os projetos EU-FORMADOR; UM OLHAR DIFERENCIADO VOLTADO PARA O IDEB, SAEPI E
ENEM, dizendo que estes seriam desenvolvidos pela Coordenação Pedagógica,
quanto aos projetos MEIO AMBIENTE e ATELIÊ DE MATEMÁTICA apesar de terem
pendências quanto aos coordenadores eles serão desenvolvidos.
Antes que encerrasse a tarde
o diretor adjunto, professor José Luis Algarves, fez algumas colocações sobre
os Programas, pois ele sempre está presente nas reuniões na SEDUC e participa
das suas construções.